Empresa de tecnologia de projetos agrícolas oferece Programa Educacional para universitários se capacitarem e ocuparem cargos.
Por ser um dos principais setores da economia brasileira, o agronegócio vem se reinventando para aumentar sua atuação a partir da implementação de tecnologias e novos recursos digitais. Com isso, a procura por profissionais qualificados para ocuparem os cargos que demandam conhecimentos para a implementação destas está se expandindo no Brasil.
Segundo o estudo “Profissões Emergentes na Era Digital”, realizado pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) em parceria com o Senai e com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, até o ano de 2023 o ramo do agronegócio iria gerar mais de 178 mil novas oportunidades de emprego, porém somente cerca de 32 mil profissionais capacitados estariam disponíveis para preencher as vagas, uma vez que empresas, produtores e indústrias vem buscando profissionais com conhecimento em tecnologias para conseguirem aumentar as produções com agilidade e menor custo.
Segundo o João Camelini, criador de softwares para o ramo do agronegócio, a tecnologia permite que os recursos naturais e técnicos sejam explorados de forma racional e sustentável. “A evolução tecnológica viabiliza a redução do uso de insumos, melhor aproveitamento da água, do solo e do maquinário disponível. A consequência imediata é o aumento da produtividade e da competitividade”, afirma ele.
Em busca de auxiliar a suprir a demanda e contribuir para a formação de profissionais qualificados para ocuparem cargos que pedem conhecimento digital e tecnológico no setor, a Tecgraf Agro, empresa de tecnologia em computação gráfica focada em fornecer soluções para projetos agrícolas, criou o Programa Educacional AgroCAD. Tal programa permite que estudantes do curso de engenharia agrônoma, matriculados em Universidades públicas ou privadas do Brasil e da América Latina tenham acesso às licenças do software AgroCAD de forma gratuita.
O programa, implementado pela Universidade Federal de São Carlos (UFsCAR), Universidade de Santa Maria (UFSM) e pela Universidad Nacional de Rosario na Argentina, por exemplo, permite que o universitário possa aprofundar os conhecimentos na tecnologia que garante solução completa em projetos de trajetórias para veículos agrícolas autônomos e integra-los com os aprendizados adquiridos ao longo do curso. Camelini ressalta ainda que há uma grande demanda por profissionais qualificados para fazer planejamento agrícola e que “é importante para a formação profissional que o contato com essa nova realidade ocorra o quanto antes, assim a troca de experiências entre alunos, professores e empresas será muito mais proveitosa”, finaliza.
Matéria publicada em: Revista Campo & Negócios e Revista AgroBrasil.